Paulo Cleto, símbolo do tênis no Brasil, esteve em Paraty

A quadra municipal de Paraty recebeu a ilustre visita de Paulo Cleto. As crianças do Projeto Tênis por um Futuro Melhor tiveram a oportunidade de vê-lo jogar e conhecer essa lenda do tênis.


Paulo Cleto foi técnico de jogadores como Luiz Mattar, Jaime Oncins, Carlos Kirmayr e Cássio Motta. Dirigiu a equipe brasileira na Taça Davis durante 17 anos e a equipe olímpica em Seul, Barcelona e Atlanta. Foi chefe da equipe no Panamericano de Winnipeg e técnico de equipes juvenis brasileiras campeãs Sul-Americanas e Mundiais.
Além disso, fundou a primeira academia de tênis do país. Realizou, organizou ou foi árbitro de mais de 45 torneios profissionais no Brasil. Foi colunista do Jornal da Tarde, O Estado de São Paulo e Rádio Eldorado. Escreveu e editou o livro “Gustavo Kuerten e Roland Garros - Uma história de amor”. Hoje, além de escrever no seu blog, é comentarista de TV na ESPN.

Em entrevista exclusiva com o Jornal Paraty Online, Paulo contou da sua vida, experiências e projetos.

Paulo Cleto nasceu e mora em São Paulo. Aos 5 anos começou a jogar tênis e nunca mais parou. "É uma idade muito boa para começar nesse esporte, pelo seu conteúdo lúdico e a oportunidade que brinda de fazer novos amigos" comenta. Ele começou a competir com 9 anos: "antigamente eu levava mais ao sério a rivalidade, agora jogo com amigos para me divertir e manter a boa forma".

Paulo está casado há quatro anos com Patrícia, dona de uma casa em Paraty Mirim há 15 anos, onde o casal passa férias sempre que o trabalho e os compromissos permitem. Patrícia é diretora de uma rede de intercâmbio que leva estudantes do Brasil ao exterior para morar e estudar no esquema de Working Travel, além de participar em dezenas de projetos desse tipo.

O casal tem uma casa perto de Campinas que possui uma quadra onde jogam bastante seguido, segundo ele "uma boa maneira de se exercitar, jogar, brincar, suar e obter uma boa qualidade de vida. A gente joga dia sim / dia não (sempre que pode). O tênis abre portas, já percorri o mundo e em muitas cidades diferentes fiz amizades muito rápido"

Paulo conheceu Milton Brustolin, Diretor do Projeto Tênis por um Futuro Melhor, a traves de Carlos Kirmayr. "Faz 20 anos eu treinava o Kirmayr e ele me apresentou o Milton, um gaúcho gente boa e flor de pessoa. Um ano atrás ele me contou do Projeto e tentei vir, mas por causa das chuvas da última Reveillon tive que postergar a viagem. Finalmente aqui estou, já vim jogar duas vezes na quadra e estou adorando. Em São Paulo não tem esse tipo de iniciativas, onde pessoas apaixonadas trabalham para dar uma oportunidade às crianças dentro do tênis. Acho que é muito difícil começar um projeto assim, e muito mais difícil manté-lo".
Paulo é fã do tênis, um esporte que "vou praticar a vida toda, além de ser uma terapia física e mental, Se passo muito tempo sem jogar, meu físico é alterado, não consigo dormir bem. Além disso, acho que o X do tênis é que ajuda a reunir pessoas"

Pedimos a Paulo alguns conselhos para o Projeto em Paraty, eis a resposta: "Acho que tem que criar coisas diferentes, como torneios, desafios, rankings, brincadeiras, tudo isso serve como gancho para a disciplina, o treino, a educação em geral. Qualquer projeto vinga se nele atuam pessoas apaixonadas, se elas não se envolvem, não podem existir".

Sobre a região da Costa Verde ele comenta: "Vim pela primeira vez em 71', depois da abertura da pista, naquela época isso aqui era muito diferente, vejo que nos últimos anos prosperou bastante. Paraty é um destino muito legal, tem aquele contraste do rústico com a boa infraestrutura de restaurantes, lojas, hotéis e galerias. Também tem as montanhas, cachoeiras, o mar de águas plácidas onde posso fazer natação, mergulho, etc. A gente sai de férias no estilo Slow Travel, gostamos de ficar tranquilos no mesmo lugar e não fazer muitas excursões para conseguir descansar bem".

Um comentário:

CRISTHIAN HOEFLING CASSOL disse...

Caro Milton, Bom dia!
Encontrei este Blog através de Provedores de Busca na Internet, e como meu filho esta praticando este esporte, não pude deixar de postar um comentário.
Meu nome é Vanderlei Cassol residente em Joinville SC, Gostei de sua iniciativa em sua Cidade de Promover Projetos para o Tênis.
Diante disso enviei algumas sugestões para nossa Federação em Santa Catarina, mas gostaria de interagir com mais pessoas pelo Brasil para melhorarmos nossa condição a nivel Mundial.
Como voce tem contato direto com comentaristas como Paulo Cleto que já fez e ainda faz parte de nosso tênis no Brasil, e pode fazer a diferença porque faz parte da mídia no Brasil, vou enumerar algumas das dificuldades de formarmos profissionais do tênis do Brasil.
1- Precisamos de mais locais públicos e gratuitos para a prática do esporte;
2- Pessoas capacitadas e interessadas em formar atletas;
3- Planejamento da Confederação Brasileira juntamente com as Federações dos Estados na Organização dos Torneios Infanto-Juvenis de todo o Brasil, levando em consideração o Calendário antecipado para o ANO inteiro utilizando os Feriados de GANCHO para facilitar para os pais e técnicos o agendamento dos compromissos para atingir melhor os objetivos. Devido que nesta etapa os atletas tem o dever de Estudar;
4- Melhorar o acesso aos sites da Confederação Brasileira e Federações e deixar o banco de dados dos tenistas atualizado desde seus primeiros passos, como participações em torneios, Ranking e Estastíticas, etc... Digo isto porque tenho um garoto de 13 anos que participa dos torneios e ele gosta de conhecer seus adversários nas chaves de torneios e conferir seu Ranking, e acho que todos gostam de ficar informados, sendo que é obrigação das Federações prestar estas informações para melhorar e com isso trazer mais adeptos este esporte.

Fico a disposição caso queiram entrar em contato para trocarmos idéias e com isso melhorarmos nosso tênis.

Abraço!

Vanderlei Cassol.
Contato:(47)99955761